A 4ª Conferência Internacional sobre Saúde Pública em África, inicialmente prevista para acontecer em Marrocos de 26 a 29 de Novembro de 2024, será adiada, devido à atual situação epidemiológica da varíola dos macacos no continente.
O anúncio foi feito pelo Director-Geral do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (Africa CDC), Jean Kaseya, numa conferência de imprensa após conversações em Rabat, Marrocos na passada sexta-feira 13 com o ministro da Saúde marroquino, Khalid Ait Taleb.
“Como a epidemia está se desenvolvendo de uma forma bastante perigosa, e dado que esta epidemia exige que concentremos toda a nossa energia nela, pedi oficialmente ao governo marroquino (…) adiar a organização da conferência”, disse Kaseya. A nova data da CPHIA será definida para 2025, com o compromisso de realizar o evento em Rabat, Marrocos.
O governo marroquino concordou em adiar a conferência para priorizar o enfrentamento do surto da varíola dos macacos, disse o Ministério da Saúde, reafirmando o compromisso do Marrocos em fortalecer a cooperação em saúde com países africanos e parceiros internacionais para apoiar os esforços de combate às crises de saúde e alcançar a soberania sanitária no continente.
A nova data para a conferência será anunciada em coordenação com a União Africana e o CDC Africano.
O chefe do Africa CDC insistiu que todos os esforços em todo o continente precisam de se concentrar no combate à epidemia da varíola dos macacos.
“No momento, estamos examinando todos os meios possíveis de deter essa epidemia”, disse ele.
“A minha energia hoje está focada na luta contra esta epidemia”, insistiu
O chefe do Africa CDC também elogiou a “solidariedade” de Marrocos com o resto dos países africanos na luta contra a epidemia de Mpox.
“Marrocos é, antes de tudo, um país africano (…) que está totalmente comprometida com a solidariedade. É também um país de inovação, contribuindo para todos os esforços para dotar os países do continente dos meios para travar esta epidemia”, frisou.
Kaseya destacou a importância da “fabricação local” de vacinas e medicamentos para combater epidemias e crises de saúde no continente africano, chamando isso de “prioridade”.