Angola conta apenas com 62 médicos nefrologistas num rácio de resposta de aproximadamente 34,5 milhões de habitantes, informou esta Sexta-feira, em Luanda, o presidente do Colégio de Nefrologia da Ordem dos Médicos, José Malanda.
Em declarações à ANGOP, no quadro do Dia Mundial do Rim, disse que a formação de profissionais e a expansão dos serviços de nefrologia têm sido dos principais desafios do sector da saúde.
Segundo o médico, um nefrologista chega a atender cerca de 200 pacientes por dia, quando o ideal seria pelo menos 30 a 50.
“Temos centros de diálise com apenas um médico para atender 200 pacientes por dia e isso leva-os à exaustão, fazendo com que não haja uma resposta satisfatória, por isso a necessidade é grande “afirmou.
Fez saber que para colmatar essa escassez, cerca de 30 médicos internos de especialidades diversas estão em formação no país e alguns deles já a terminar o curso.
“ O número de especialistas está a aumentar porque existe uma escola de nefrologia em Angola e os principais centros são no Hospital Militar, Clínica Multiperfil, Josina Machel, Clínica Girassol e Sagrada Esperança”, informou.
Sublinhou que a pretensão é manter uma média de 5 a 7 nefrologistas novos por ano para dar resposta à dinâmica no país.
Angola tem 28 centros e serviços de hemodiálise, com 656 monitores, com capacidade para atender 1.968 pacientes por dia.
Luanda possui a maior concentração de pessoas com necessidades de hemodiálise, correspondendo a 75 por cento, entre os quais 59 por cento homens, com idades compreendidas entre 34 e 45 anos, todos em idade produtiva.
Fonte: Angop