A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera Angola um dos países com melhor posicionamento estratégico para aceder aos 500 milhões de dólares (cerca de 460 bilhões de kwanzas) disponíveis no Fundo Pandémico, um mecanismo global criado para fortalecer a preparação e resposta a surtos e emergências sanitárias em países de baixos e médios rendimentos.

Segundo um comunicado da OMS, divulgado nesta quarta-feira (7), Angola poderá beneficiar deste financiamento internacional para transformar o sistema nacional de saúde pública, com foco em três áreas-chave: a vigilância e alerta precoce de doenças, a capacidade laboratorial e o fortalecimento dos recursos humanos e comunitários.

Durante esta semana, foram definidas as principais atividades que integram a proposta nacional submetida ao Fundo Pandémico. A OMS acredita que, caso aprovada, a proposta permitirá a Angola ampliar significativamente a sua capacidade de detectar e responder de forma rápida e eficaz a crises sanitárias.

O representante da OMS em Angola, Indrajit Hazarika, afirmou estar confiante na candidatura “Acreditamos firmemente que Angola tem uma excelente oportunidade de obter este financiamento e reforçar as suas estruturas de saúde pública”.

Entre as ações previstas, estão a formação de agentes comunitários, o desenvolvimento de equipas de resposta rápida e a implementação de sistemas digitais de vigilância em saúde. O plano também inclui o reforço da capacidade laboratorial, tanto humana quanto animal, a formação de técnicos, o controlo da resistência antimicrobiana e a criação de programas de controlo de qualidade laboratorial.

Este possível financiamento surge numa altura em que o país enfrenta uma epidemia de cólera. Desde o início do ano, a doença já provocou 592 mortes e 18.474 casos foram notificados em 17 das 21 província

Fonte: Lusa