Aiyla Mota, de quatro anos, perdeu as pernas e cinco dedos depois de contrair uma infeção severa devido à Strep A. A menina foi levada para o hospital, em Londres, em março deste ano, depois de se queixar de dores na garganta, mas o seu estado de saúde agravou-se rapidamente.
Também conhecida como Streptococcus do Grupo A (GAS), a Strep A pode causar uma variedade de sintomas que variam de leves a graves, provoca escarlatina e amigdalites, já causou a morte de 16 crianças no Reino Unido. A infecção costuma ser inofensiva e sem sintomas para a maioria das pessoas. Em outras, causa uma inflamação leve na garganta e na pele. Em casos raros, pode levar à escarlatina e até ser fatal. No entanto, pelo aumento dos casos, as famílias já estão em alerta.
Eulanda, a mãe de Aiyla, disse ao The Mirror que se apercebeu que a filha ainda não estava bem depois de mesma demonstrar dificuldades em ir à casa de banho e em respirar. Apesar de ter recebido alta inicialmente, a mulher decidiu levar novamente a menina à unidade hospitalar para fazer mais exames. Estes revelaram que a menina estava a sofrer de falência múltipla de órgãos, incluindo os pulmões e os rins.
Foi tomada a decisão de transferir Aiyla para outro hospital para que se procedesse à drenagem de líquidos dos pulmões. A rapariga foi depois colocada nos cuidados intensivos.
“Os médicos não paravam de dizer que tinham de a pôr em coma induzido. Eu perguntei – ‘será que ela vai acordar se fizermos isto?’ – e eles disseram que sim. Fui para a sala de espera, não faço ideia durante quanto tempo, e quando voltei, a Aiyla estava ligada a todo o tipo de máquinas”, conta a mãe.
Aiyla esteve em coma induzido por três semanas e depois de acordar não conseguia mover as pernas nem cinco dos dedos, pelo que foi tomada a decisão de os amputar.
“Não conseguia parar de pensar no futuro dela, de como é que isto a ia afetar, física e mentalmente. Disseram-me que a circulação sanguínea tinha sido cortada das pernas e dos braços, para salvar os órgãos vitais. O mais importante era mantê-la viva”, refere a progenitora.
Atualmente, a menina está a fazer fisioterapia e terapia ocupacional intensiva com próteses.
“A Aiyla frequenta o centro de reabilitação, terapia ocupacional e até está na escola regular, a tempo inteiro. Adora ginástica, equitação, patinagem no gelo e bowling. Fazemos tudo o que podemos por ela. A sépsis e a Strep A não lhe roubaram o amor pela vida”, remata Eulanda.