9 de Outubro, 2024
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Sarna afecta mais de 14 mil pessoas no Cunene
AngolaNotícia

Catorze mil e 451 pessoas foram diagnosticadas, em 2023, com problemas de Escabiose, vulgo sarna, na província do Cunene, informou a supervisora local de Vigilância Epidemiológica, Aida Madre de Deus.

Dos casos diagnosticados, 9627 foram em crianças de um mês a 14 anos, três mil 239 dos 15 meses aos 49 anos, mil 440 em idosos e 145 casos em recém nascidos.

Em declarações à ANGOP, na segunda-feira, a supervisora referiu que os casos de sarna têm particular incidência nas zonas rurais, estando actualmente a afectar todas faixas etárias, desde os recém-nascidos aos idosos, o que preocupa o sector.

Comparativamente ao período anterior, explicou que em 2023 a situação foi mais crítica em termos da doença, com o incremento de seis mil e 546 casos.

Disse que os casos tendem a reduzir devido ao período chuvoso, onde o acesso à água é mais facilitado nas comunidades.

Segundo a supervisora, o surgimento dos primeiros casos da doença advém de 2018, nos municípios da Cahama e Curoca, com a migração das comunidades provenientes dos Gambos (Huíla), devido a situação da seca, mas actualmente com pouco índice.

Esclareceu que actualmente a sarna está com maior incidência nos municípios do Cuanhama, Namacunde, Ombadja e Cuvelai.

Orientou as famílias com pessoas infectadas, para criarem o hábito do reforço dos cuidados com a higiene do corpo, lavar bem e com detergente as mãos, ferver as vestes e roupas de cama, de forma a matar o ácaro que só morre em altas temperaturas para que o surto seja combatido com maior eficácia.

O sector da saúde tem promovido acções de mobilização social, através de encontros e palestras sobre as medidas, para despertar a população a pautar pelo asseio corporal, de forma a evitar a propagação da doença.

A sarna é uma doença de pele causada por um parasita, caracterizada principalmente pela coceira intensa, podendo acometer qualquer pessoa, de todas as idades, não havendo, portanto, factores de risco específicos para se contrair a doença.

Depois de o vírus penetrar provoca alergias, que, de tanta coceira, causam escoriações na pele e pus.

Fonte: Angop

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