16 de Outubro, 2024
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Tumor cerebral removido com técnica minimamente invasiva
CirurgiaInternacional

No hospital de Cremona, foi utilizada, pela primeira vez, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva capaz de remover tumores cerebrais profundos, explorando as “vias cerebrais”, ou seja, segue o curso natural e as dobras dos órgãos mais complexos para chegar ao tumor.

Trata-se do “Brain Path” ou cirurgia transulchal, a técnica cirúrgica inovadora particularmente desenvolvida nos Estados Unidos e aplicada em pouquíssimos centros italianos.

Antonio Fioravanti, diretor do Departamento de Neurociências e Neurocirurgia da Asst de Cremona, observa que a técnica “é indicada para lesões profundas e de difícil acesso, nas quais a cirurgia tradicional envolveria maior sofrimento para o cérebro”. Em outras palavras, exploram-se os sulcos cerebrais, ou seja, as vias anatômicas que dividem os feixes de substância branca responsáveis por funções importantes como o movimento ou a linguagem. Para isso, é utilizado um instrumento composto por um aplicador com diâmetro de 13 milímetros, que é inserido no sulco cerebral movimentando as porções vizinhas para chegar diretamente sobre a lesão. Uma câmera inserida no instrumento possibilita realizar a cirurgia “de forma precisa e direcionada”, observa Fioravanti.N

“A intervenção. Isso é possível graças à neuro navegação, que consiste no mapeamento tridimensional da lesão e das áreas eloquentes circundantes. O procedimento recentemente introduzido apresenta várias vantagens: além de ser minimamente invasivo em relação à cirurgia aberta tradicional, permite reduzir a duração da cirurgia e as complicações operatórias e pós-operatórias que caracterizam cirurgias de alta complexidade. E os tempos de internação e recuperação pós-operatória são mais curtos: o paciente pode receber alta em poucos dias e recuperar rapidamente uma boa qualidade de vida.”

A primeira paciente a ser submetida à cirurgia transuchal é uma mulher de 60 anos. Sua história de tratamento começou há dez anos, com câncer de mama. “Desde então”, lembra, “tenho feito check-ups e quimioterapia, mas, apesar disso, fui diagnosticado com metástases cerebrais. Essa cirurgia era a única solução possível e aceitei.” O homem de 60 anos se prepara para voltar do hospital para casa nos dias de hoje.

Fonte: ANSA

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