Uma pesquisa mostrou que a má alimentação da mãe pode afetar o desenvolvimento do cérebro e reforçar cenários de vulnerabilidade. Ter uma nutrição inadequada é problemático em qualquer fase da vida. Na gestação, porém, as más escolhas alimentares – que nem sempre são uma opção – vão além de uma questão de saúde materna.
Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) no Brasil, revela que não comer bem neste período pode impactar não apenas a chegada do filho, como, também, na saúde e condições sociais das gerações futuras.
Além de prejudicar o desfecho da gravidez em si, causando doenças como o diabetes gestacional, a nutrição insuficiente da mãe também influencia em questões do desenvolvimento do bebê, como o tamanho do cérebro, que pode estar ligado aos níveis socioeconômicos e educacionais.
E se a má nutrição é resultado de uma rotina de sobrecarga, quando há pouco tempo para preparar uma refeição equilibrada, ou consequência da pobreza, isso pode significar a perpetuação da desigualdade e vulnerabilidade dos descendentes.
O apontamento é da pesquisadora e nutricionista Maria Júlia de Oliveira Miele, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que associa o estado nutricional materno a desfechos gestacionais adversos.
Fonte: Jornal o Globo