As autoridades de saúde de Cabinda, notificaram um caso suspeito de varíola dos macacos (mpox) nesta sexta-feira. O caso envolve um jovem que deu entrada no banco de urgência de uma das unidades sanitárias da província, apresentando lesões características da doença.
De acordo com o secretário provincial da Saúde de Cabinda, Rúben Buco, a situação ainda está sendo tratada como um caso suspeito. “A equipa de vigilância epidemiológica, juntamente com a rede laboratorial de resposta rápida, esteve no terreno para recolher as amostras necessárias”, informou o mesmo. As amostras coletadas serão enviadas ainda hoje ou no sábado para o Instituto Nacional de Investigação em Saúde, em Luanda, onde serão submetidas a análises laboratoriais para confirmar ou descartar a presença do vírus mpox.
Rúben Buco também destacou que a província de Cabinda já registrou outros cinco casos suspeitos de mpox. No entanto, após análises, esses casos foram descartados, com os diagnósticos revelando que as doenças em questão eram sarampo (dois casos), sarna (dois casos) e varicela (um caso). “Descartou-se a possibilidade de ser mpox”, afirmou o secretário provincial.
O Minsa mantém um estado de alerta constante para evitar a introdução e disseminação do mpox no país. Essa medida foi reforçada após a União Africana (UA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declararem a mpox uma emergência de saúde pública. As autoridades de saúde estão atentas a qualquer sinal de surto, especialmente em regiões fronteiriças e em áreas onde há maior trânsito de pessoas, como Cabinda.
A varíola dos macacos, também conhecida como mpox, é uma doença viral zoonótica, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos
No último dia 13, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) declarou o cenário de mpox na região como emergência em saúde pública de segurança continental devido o numero crescente de casos. De acordo com os últimos dados da agência da União Africana (UA), foram documentados até agora 22.863 casos de monkeypox (mpox) em 13 países africanos. Desses, 3.641 casos foram confirmados, enquanto 19.222 ainda estão pendentes de resultados laboratoriais. Os países afetados incluem o Burundi, Camarões, República Centro-Africana (RCA), República Popular do Congo, Costa do Marfim, República Democrática do Congo (RDCongo), Gabão, Libéria, Quênia, Nigéria, Ruanda, África do Sul e Uganda.
O caso recente de suspeita em Cabinda sublinha a importância de uma vigilância epidemiológica robusta e da rápida resposta das autoridades de saúde. Enquanto se aguarda o resultado das análises laboratoriais, a população é encorajada a manter medidas preventivas, como evitar o contato com pessoas ou animais que apresentem sintomas suspeitos, e a reportar imediatamente qualquer caso de doença semelhante ao mpox às autoridades de saúde.
