No âmbito do Dia Mundial da Sida, realizado neste domingo, 01 de dezembro, o presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de HIV/Sida, Tuberculose e Malária (ANASO), António Coelho, revelou dados alarmantes sobre a situação do HIV/Sida em Angola.
Segundo o representante, o país contabiliza anualmente uma média de 16 mil novas infecções e cerca de 13 mil mortes relacionadas à doença. Actualmente, cerca de 350 mil pessoas vivem com HIV/Sida em Angola, o que, segundo Coelho, exige medidas urgentes para evitar uma crise ainda maior.
A província de Luanda liderou o número de casos com 126 mil pessoas infectadas, seguidamente pelas regiões da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Cunene. Em Luanda, os municípios de Cacuaco e Viana são considerados zonas de equipamentos contra epidemias, exigindo ações imediatas e coordenadas para reverter a situação.
Desafios no Combate à Doença
Entre os desafios destacados está a escassez de medicamentos antirretrovirais e preservativos nas unidades sanitárias do país. Este problema agrava a vulnerabilidade das comunidades mais afetadas e dificulta a adesão ao tratamento por parte dos pacientes.
O director do Gabinete Provincial de Saúde de Luanda, Manuel Varela, reforçou a necessidade de intensificar campanhas de sensibilização, com foco na importância de não abandonar o tratamento.
Mobilização no Dia Mundial da Sida
A marcha organizada em alusão à data foi mais um alerta sobre a necessidade de um trabalho coletivo para enfrentar o impacto do HIV/Sida em Angola. Com estratégias mais eficazes e a união de diferentes sectores da sociedade, o país poderá avançar no combate à epidemia e na proteção das futuras gerações.