3 de Fevereiro, 2025
Campanha contra a cólera: MINSA anuncia mais de 900 mil doses de vacinas disponíveis
CóleraNotíciaPandemias & Surtos

O Ministério da Saúde (MINSA) informou este domingo que novecentas, 48 mil e 466 doses de vacinas estão disponíveis para a campanha de vacinação contra cólera, que terá o seu início hoje, segunda-feira, nas províncias de Luanda (especificamente nos bairros Paraíso e Belo Monte) e em Icolo e Bengo, áreas que registram os maiores índices de infecção pela doença.

A iniciativa conta com a vacina oral Euvichol, recebidas no dia 20 de janeiro. Essas vacinas fazem parte de um estoque mundial de oito milhões de doses, que foram reservadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a resposta a surtos epidêmicos.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, anunciou os detalhes da campanha durante uma conferência de imprensa realizada ontem, 2 de Fevereiro, onde apresentou o ponto de situação da cólera no país. A governante destacou que a vacina Euvichol, pré-qualificada pela OMS em 2015, é administrada em dose única e pode ser aplicada em indivíduos a partir de 1 ano de idade, garantindo uma cobertura de proteção entre 60% e 80%. O objectivo é proteger as comunidades afectadas e interromper a transmissão da doença.

Devido à insuficiência de vacinas, a campanha será concentrada nas províncias de Luanda e Icolo e Bengo, onde se registam os maiores números de casos. Além das populações das comunidades mais afectadas, também serão vacinados profissionais de saúde que trabalham directamente com os infectados.

Para assegurar o sucesso da campanha, foram mobilizados 6.004 profissionais, entre vacinadores, mobilizadores, registadores, supervisores e elementos dos órgãos de defesa e segurança, além de pessoal local. A coordenação do processo conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). 

Situação Epidemiológica no País

O surto de cólera já afectou mais de 1.500 pessoas em oito províncias, com casos registados em indivíduos com idades entre os 2 e os 100 anos. A doença, que se propaga rapidamente em condições de saneamento básico precário e falta de acesso à água potável, representa um desafio significativo para as autoridades de saúde.

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