9 de Março, 2025
Cólera alastra-se para 11 províncias em Angola: mais de 5.700 casos e 204 mortes registrados
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O surto de cólera expandiu-se para 11 províncias do país, com um total acumulado de 5.749 casos e 204 mortes registadas desde o início da epidemia, com uma taxa de letalidade de 3,55%. O grupo etário mais afectado é o das crianças entre 2 e 5 anos, com 895 casos e 37 óbitos, seguido pelo grupo dos 10 aos 14 anos, com 751 casos e 15 mortes.

Segundo o último ponto de situação divulgado pelo ministério a saúde, a província de Luanda continua sendo o epicentro do surto, com 2.963 casos registados. Bengo segue-se com 2.004 casos, enquanto Icolo e Bengo contabilizam 642 infecções. Outras províncias também reportaram casos, embora em menor número: Malanje (68), Cuanza Sul (29), Uíge (10), Huambo (10), Huíla (7), Cabinda (7), Zaire (5), Cuanza Norte (2), Cunene (1) e Cuando Cubango (1).

O surto foi notificado oficialmente a 7 de janeiro, e desde o início de fevereiro têm sido reportados mais de 100 novos casos diariamente, indicando uma aceleração na propagação da doença. A cólera, uma infeção intestinal aguda causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados, pode ser fatal se não for tratada rapidamente, especialmente em populações com acesso limitado a cuidados de saúde.

Resposta às autoridades e campanha de vacinação

Face ao avanço da doença, as autoridades de saúde têm intensificado os esforços para conter a epidemia. Até ao momento, mais de 925 mil pessoas já foram vacinadas contra a cólera, cobrindo 86% da população-alvo. A vacinação é uma das principais estratégias para controlar a propagação da doença, juntamente com a melhoria do saneamento básico e o acesso à água potável.

Apesar dos progressos, os desafios persistem, especialmente nas áreas rurais e periféricas, onde as condições de higiene e saneamento são precárias

Preocupação com as crianças

As crianças são as maiores vítimas da cólera. O grupo etário dos 2 aos 5 anos é o mais afectado, representando uma parcela significativa dos casos e mortes. Isso destaca a vulnerabilidade das crianças, que são mais suscetíveis a complicações graves devido ao seu sistema imunológico ainda em desenvolvimento.

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