Catorze jovens das províncias de Cabinda, Moxico, Malanje, Zaire, Uíge, Lunda-Norte e Lunda-Sul concluíram, sexta-feira, em Luanda, uma formação de formadores para a prevenção e reforço do controlo da cólera.
Com duração de quatro dias, a formação, dirigida a jovens das províncias que fazem fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), foi promovida pela Cruz Vermelha de Angola (CVA), em parceria com o Gabinete Provincial de Luanda da Saúde e a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC).
Na ocasião, a presidente da Cruz Vermelha de Angola disse que a acção formativa foi realizada com o objectivo de fortalecer a equipa de promoção de saúde da Cruz Vermelha de Angola.
Delfina Cumandala disse que a instituição participa, através da sua rede de voluntários, na execução da estratégia governamental para a prevenção de doenças que podem ser importadas de países vizinhos.
A presidente da Cruz Vermelha de Angola garantiu que os conhecimentos adquiridos pelos formandos são essenciais para a prevenção e controlo da cólera. “A formação de formadores prepara líderes comunitários, profissionais de saúde e educadores para actuarem como agentes de mudança nas suas comunidades”, adiantou.
Segundo a responsável, é fundamental que os formados sejam capazes de comunicar e levar às comunidades, todas às informações de maneira clara e acessível.
Delfina Cumandala declarou que o investimento na formação de formadores é um passo estratégico e um compromisso com a Saúde Pública. “A actual gestão da Cruz Vermelha de Angola está empenhada em criar uma rede de profissionais qualificados, para promover a saúde e a prevenção”, assegurou, sublinhando que o objectivo é garantir que as comunidades compreendam os riscos da cólera e saibam agir correctamente para se protegerem.
O programa de formação de formadores da Cruz Vermelha de Angola incluiu, igualmente, a presença de voluntários da província de Luanda.
Na acção formativa, foram abordados temas como “A importância do tratamento da água”, “Conservação de alimentos”, “Boas práticas de higiene íntima”, “Vacinação em áreas de risco” e a “Mobilização comunitária para as respostas eficazes em caso de surtos”.
Reacção de agentes
Milton Maurício, representante da província de Cabinda, disse à comunicação social que, na formação, aprendeu sobre o conceito da doença e a importância da vacinação contra a cólera.
O agente comunitário de saúde declarou que, por ter participado na formação de formadores para a prevenção e controlo da cólera, está, agora, melhor preparado para capacitar voluntários da província de Cabinda, que, como lembrou, faz fronteira com a República Democrática do Congo.
Teresa José, da província de Malanje, destacou a relevância da formação, considerando os desafios de saneamento básico em todo o país.
Teresa José revelou que, quanto ao combate à cólera, as áreas mais preocupantes da província de Malanje são os municípios de Massango e da Marimba, por não terem um sistema de saneamento básico adequado.
A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral directa ou pela ingestão de água e alimentos contaminados.
