A Rede Angolana de Organização de Serviços de Sida, Tuberculose e Malária (ANASO) defendeu ontem, terça-feira, mais financiamento à saúde comunitária, para que possam ser mais resilientes e sustentáveis.
O facto foi expresso pelo presidente da referida organização, António Coelho, na abertura do Workshop Nacional sobre “Gestão da Resposta Comunitária à SIDA, Tuberculose e a Malária”, que junta, no município de Viana, em Luanda, quadros da organização de todo o país, sociedade civil e agências das Nações Unidas, com apoio do Fundo Global.
Na ocasião, referiu que o investimento financeiro para implementação das acções comunitárias é muito limitado, situação que compromete os esforços para uma saúde eficiente.
Por outro lado, António Coelho salientou que a malária representa 29 por cento da procura por cuidados de saúde e 45 por cento das mortes registadas entre crianças menores de cinco anos.
Já a tuberculose apresenta uma morbi-mortalidade com uma taxa de incidência de 200,6 por cem mil habitantes, enquanto o VIH/Sida tem uma prevalência de 2.2 por cento.
Com duração de três dias, o encontro visa contribuir na gestão da resposta comunitária sobre estas três enfermidades, tendo como base a análise do contexto, identificação dos desafios, estratégias e o reforço de parcerias.
Temas como “ O contexto actual das organizações e Serviços Comunitários (OSC)” e “Gestão de Resposta Comunitária à luz da Política e do Plano Estratégico de Saúde Comunitária”, estão a ser abordados no encontro.
Por seu turno, a directora do Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, Maria Lúcia Mendes Furtado, informou que, segundo dados de 2023, 310 mil cidadãos estão infectados no país, dos quais 200 mil são mulheres, sendo a província do Cunene a mais afectada.
A ANASO, criada em 1994, é uma organização sem fins lucrativos e possui 28.350 activistas.
Fonte: Angop