4 de Dezembro, 2024
Executivo prepara subvenção para alguns medicamentos
AngolaNotícia

O Ministério da Saúde está a realizar um estudo para a subvenção dos medicamentos para tratamento de doenças crónicas não transmissíveis no país, como a hipertensão arterial, anemia falciforme, doenças cardiovasculares, diabetes e outras, informou, terça-feira, à imprensa, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos de Sousa, no final da 5ª reunião ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros.

De acordo com o comunicado produzido no final da reunião, orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, a Comissão foi informada sobre o estudo que decorre há meses, em que está em curso a quantificação das doenças e dos encargos financeiros para os utentes, a definição do sistema de preços, assim como de um modelo financeiro que seja sustentável e beneficie, sobretudo, as famílias mais carenciadas.

Sobre a matéria, o secretário de Estado Carlos de Sousa falou, também, das doenças ligadas à alimentação, ao consumo de álcool e tabaco, que são factores de risco para o surgimento de muitas dessas enfermidades.

O governante sublinhou que a subvenção será apenas para doenças crónicas não transmissíveis, por serem longas, de tratamento contínuo ou permanente, e porque os dados estatísticos apontam que se está numa fase de transição epidemiológica, em que as doenças crónicas são as globais, que vão continuar a aparecer. Por isso, o país deve estar preparado para estes desafios.

 “Estamos à procura de dados, evidências científicas e fazer estudos comparados com outras realidades que já têm implementado essa subvenção. Vamos ouvir a Academia e todas as áreas envolvidas, para no final identificarmos as patologias, nomeadamente, as doenças crónicas não transmissíveis, como a diabetes, as cardiovasculares, mentais e outras”, apontou, dando nota sobre a necessidade de verificar os remédios na Lista Nacional de Medicamentos, definidos pela Agência Reguladora de Medicamentos e Tecnologias de Saúde (ARMED), que vão ser subvencionados. 

Segundo Carlos de Sousa, o que existe neste momento é um memorando de base com muita informação, que deve ser ampliada e discutida com outras áreas, em particular com a Academia, para através da auscultação ter um documento consensual, com uma abordagem holística, e que constitua, de facto, uma mais-valia para as famílias e para aqueles que padecem dessas doenças crónicas não transmissíveis.

Fonte: JA

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