O Ministério da Saúde negou, esta terça-feira, a existência de um surto de cólera no país que alegadamente está a causar milhares de vítimas em Luanda.
Recentemente, circulou na plataformas digitais notícias sobre um suposto surto de cólera que supostamente estaria a causar milhares de vítimas na capital do país, por falta de reagentes nos hospitais.
Em nota de imprensa enviada à ANGOP, o ministério repudia e desmente essa informação, assim como os rumores sobre a inexistência de reagentes nas unidades hospitalares.
Reitera que até ao momento Angola não registou nenhum caso de cólera e que o plano de contingência com as medidas de preparação e prevenção preconizadas pela Organização Mundial da Saúde está em execução desde Fevereiro último.
No cumprimento desse plano, refere a nota, foram treinadas e postas em prontidão de nível dois equipas de resposta rápida e pré-posicionadas nos municípios fronteiriços a norte e leste das províncias das Lundas Norte e Sul, Uíge, Moxico, Cuando Cubango e também em Luanda, com materiais e equipamentos hospitalares necessários para uma reacção imediata em caso de aparecimento de casos positivos.
Acrescenta que foram posicionadas também a nível do país equipas de vigilância epidemiológica para a deteção e diagnóstico imediato de casos suspeitos e lançada uma campanha de educação e prevenção da doença nos órgãos de comunicação social.
“Graças a estas e outras medidas preventivas em curso, até agora não foi detectado qualquer caso positivo de cólera em toda a extensão do território nacional” realça a comunicação.
Para o ministério, as informações contrárias postas a circular “por entidades de má fé visam semear a insegurança no seio dos cidadãos”.
O Ministério da Saúde apela, por isso, à calma e serenidade e ao cumprimento escrupuloso das medidas de prevenção individual e colectiva, com especial destaque para a higiene pessoal e do meio.
Desde Janeiro de 2023, um surto de cólera aflige vários países da SADC, com incidência na Zâmbia e República Democrática do Congo, que fazem fronteira com Angola.
Fonte: Angop