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A monkeypox, ou varíola dos macacos, é uma doença zoonótica causada pelo vírus Monkeypox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus. Identificada pela primeira vez em 1958 em primatas não humanos, a doença foi documentada em humanos em 1970 na República Democrática do Congo. O período de incubação varia entre 6 e 13 dias, podendo chegar a 21 dias, durante o qual o vírus se dissemina no organismo, levando a uma infecção sistêmica.

Esta doença é mais comum em áreas florestais da África Central e Ocidental, mas surtos esporádicos ocorreram em outras regiões, geralmente ligados ao contato com animais infectados ou viajantes de áreas endêmicas. Até 2021 a monkeypox era considerada rara (com menos de mil casos anualmente) mas, desde o novo surto global, foram registrados mais de 80.000 casos em mais de 10 países.

Clinicamente, a monkeypox apresenta sintomas semelhantes aos da varíola humana, como febre, cefaleia, mialgia, fadiga e linfadenopatia, seguidos de erupções cutâneas que evoluem de máculas a pústulas. O diagnóstico é confirmado pela detecção do DNA viral através de testes de PCR. A transmissão ocorre principalmente por contato direto com lesões ou secreções de pessoas infectadas, sendo menos eficiente entre humanos, mas ainda significativa em surtos. O tratamento é, em grande parte, de suporte com o foco no alívio dos sintomas e prevenção de complicações secundárias. Em casos graves, o uso de antivirais como Tecovirimat pode ser considerado, embora seu acesso seja limitado.

A prevenção da monkeypox envolve medidas de saúde pública, como o uso de EPIs por profissionais de saúde, isolamento de casos confirmados, e educação sobre modos de transmissão. A vacinação contra a varíola oferece proteção cruzada, mas não está amplamente disponível. Em Angola, é essencial que continue a ser feita a vigilância nas fronteiras e a notificação rápida de casos suspeitos para controlar possíveis surtos, dada a crescente mobilidade global e o risco contínuo à saúde pública.

O melhor método de cuidado, para todos nós e os que amamos, ainda é a prevenção.

Óscar Paulo JR, graduando de Medicina e monitor de Habilidades Clínicas na SLMANDIC – Faculdade São Leopoldo Mandic.
Presidente da Liga de Medicina Intensiva da SLM – Campinas (Dez. 2021 – Jan. 2023).
Tesoureiro da Liga de Cardiologia da SLM – Campinas (Jan 2021 – Jan 2023).
Voluntário e diretor do GEPE da Change 1’s Life AO (2020-2021).

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