23 de Julho, 2025

Angola incorpora tecnologias de inteligência artificial no sistema de saúde

O secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, afirmou nesta quinta-feira, em Luanda, que a inteligência artificial (IA) tem contribuido para reduzir erros médicos no país, facilitar diagnósticos e melhorar a recuperação dos pacientes.

A declaração foi feita durante um fórum sobre IA, promovido pela Embaixada dos Estados Unidos em Angola.

Segundo o governante, a IA já está a ser utilizada em alguns procedimentos, especialmente na área de imagiologia, oferecendo maior nitidez nas imagens, contribuindo para diagnósticos por imagem mais precisos, e ajudando a evitar diagnósticos incorretos. Além disso, a tecnologia tem melhorado a triagem dos pacientes, o atendimento hospitalar e permitido maior precisão em cirurgias assistidas por robôs, sobretudo em procedimentos de elevada complexidade.

Leonardo Inocêncio informou ainda que nos últimos anos, 14 unidades hospitalares de nível central foram equipadas com softwares de diagnóstico inteligente. No âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), foram construídas 259 unidades de saúde, algumas já com equipamentos que utilizam IA. Segundo Leonardo Inocêncio, a tecnologia também tem potencial para prever surtos epidémicos, como os de malária, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz por parte das autoridades sanitárias.

Para garantir o uso eficaz dessas novas ferramentas, o Governo está a capacitar cerca de 38 mil profissionais de saúde em tecnologias associadas à inteligência artificial.

Durante o fórum, o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Angola e São Tomé e Príncipe, Noah Zaring, sublinhou que a IA pode trazer benefícios em áreas como a educação, a agricultura e a segurança cibernética. No entanto, alertou para possíveis conflitos éticos e sociais que podem surgir, especialmente em questões como a privacidade, a responsabilidade e a equidade no uso da tecnologia.

Já a coordenadora do evento, Alexandra Zau, apontou a falta de acesso à internet em zonas suburbanas como um dos principais desafios para a implementação plena da tecnologia no país.

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