Angola está entre os países com as taxas mais elevadas de gravidez na adolescência no mundo, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP). A cada mil gravidezes no país, 112 ocorrem entre jovens de 15 a 19 anos, colocando Angola acima da média da África Subsaariana, onde a taxa global de gravidez na adolescência é de 46 nascimentos por mil meninas na mesma faixa etária.
De acordo com o FNUAP, 37% das adolescentes e jovens angolanas entre 15 e 19 anos já tiveram pelo menos uma gravidez. Além disso, 45% delas relataram ter tido mais de um parceiro sexual, indicadores que reforçam a necessidade de ampliar o acesso à educação sexual e a métodos contraceptivos.
A gravidez na adolescência traz consequências graves para as jovens, incluindo a interrupção dos estudos e riscos à saúde. O casamento infantil, muitas vezes associado a essas gestações precoces, também é um problema alarmante, expondo as meninas a violências e abusos.
Angola, assim como outros países da África Subsaariana, enfrenta um cenário complexo, mas a implementação de políticas eficazes e a mobilização da sociedade podem contribuir para mudar essa realidade.