23 de Junho, 2024
Edit Content
Estudo: Tratamentos menos intensivos contra o cancro podem ser mais eficazes
EstudoInternacional

Estudos recentes apresentados na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) trouxeram novidades sobre abordagem do cancro do ovário, esófago e linfoma de Hodgkin. As pesquisas demonstram que, em alguns casos, reduzir a intensidade do tratamento convencional pode levar a resultados equivalentes ou até mesmo melhores, com a vantagem de diminuir significativamente os efeitos colaterais e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Cancro do ovário: Um estudo francês acompanhou 379 mulheres com cancro do ovário avançado durante nove anos. Aquelas que não tiveram seus gânglios linfáticos removidos durante a cirurgia apresentaram tempo de vida similar ao grupo que passou pela remoção, mas com menos complicações, como transfusões de sangue.

Cancro do esófago: Um estudo alemão comparou dois grupos de pacientes com um tipo específico de cancro do esófago que pode ser tratado com cirurgia. Metade do grupo recebeu o tratamento padrão, que inclui quimioterapia e cirurgia, enquanto a outra metade recebeu o mesmo tratamento, mas com a adição de radioterapia. Após três anos, a taxa de sobrevida era de 57% no grupo que recebeu quimioterapia e cirurgia, e de 51% no grupo que recebeu todos os três tratamentos.

Linfoma de Hodgkin: Um estudo internacional com 1.482 pacientes com linfoma de Hodgkin avançado comparou dois regimes de quimioterapia. O grupo que recebeu o tratamento menos intensivo apresentou taxas de controle da doença de 94% após quatro anos, contra 91% no grupo que recebeu o tratamento mais intenso.

Esses estudos fazem parte de uma mudança gradual na oncologia, que busca reduzir os efeitos colaterais do tratamento sem comprometer a sua eficácia. Há algumas décadas, a tendência era utilizar o máximo possível de quimioterapia, radioterapia e cirurgia, o que muitas vezes levava a efeitos debilitantes para os pacientes.

Um dos fatores que contribui para essa mudança é o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes contra o cancro. Com medicamentos mais precisos, é possível atacar as células cancerígenas com mais eficiência, poupando os tecidos saudáveis e reduzindo os efeitos colaterais.

A oncologia moderna busca cada vez mais oferecer tratamentos que proporcionem não apenas a cura ou o controle da doença, mas também uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Reduzir os efeitos colaterais do tratamento é um passo importante para alcançar esse objetivo.

É crucial lembrar que essas são apenas algumas pesquisas recentes, e que as decisões sobre o tratamento do cancro são tomadas oelo médico oncologista, considerando o caso individual de cada paciente.

Foco Saúde//

Deixa o seu comentário