O Hospital Materno Infantil Azancout de Menezes, inaugurado há dois anos, tem se destacado no tratamento de fístulas obstétricas, uma condição de saúde que afeta milhares de mulheres em todo o país. Segundo a directora do hospital, Dra. Manuela Mendes, no acompanhamento do parto, calcula-se que diariamente ocorram muitos casos de fístulas, o hospital planeja replicar seu projecto em outras regiões, com o objectivo de ampliar o acesso ao tratamento e reduzir o impacto social devastador causado pela doença.
O que é a fístula obstétrica?
A fístula obstétrica é uma lesão grave caracterizada pela ruptura do canal vaginal, resultando na perda incontrolável de urina e, em alguns casos, de fezes. Essa condição é frequentemente causada por partos prolongados ou obstruídos. Em regiões onde o acesso a cuidados obstétricos de qualidade é limitado, como em áreas rurais ou de baixa renda, a incidência de fístulas é significativamente maior.
Estratégias do Projecto de Expansão
O projecto de expansão do Hospital Azancout de Menezes inclui a formação de agentes de saúde e activistas nas comunidades. O objectivo é capacitá-los a identificar casos de fístula obstétrica e encaminhar as mulheres afetadas para o tratamento adequado.
Impacto Social e Desafios Enfrentados pelas Mulheres
As mulheres que sofrem de fístula obstétrica enfrentam não apenas desafios físicos e de saúde, mas também um estigma social significativo. A incontinência urinária ou fecal constante pode levar ao isolamento, com casos de rejeição por parte de familiares e da comunidade, além de abandono pelos maridos. A falta de informação sobre a doença agrava essa exclusão.
A expansão do projecto do Hospital Azancout de Menezes representa um passo crucial na inclusão do tratamento da doença que tem um impacto significativo.
Fonte: RNA