Começa hoje, no Hospital Walter Stranguey, no Bié, uma campanha de cirurgias para mulheres portadoras de fístula obstétrica, uma condição debilitante resultante de complicações no parto. A acção, organizada pelo Hospital Materno Infantil Azancot de Menezes, segue até o próximo dia 6 de junho e conta com uma equipa multidisciplinar de especialistas nacionais e estrangeiros.
De acordo com a médica Manuela Mendes, em entrevista à RNA, todas as condições estão garantidas para o sucesso da iniciativa, que tem como meta realizar 200 intervenções cirúrgicas.
O Impacto da Fístula Obstétrica
A fístula obstétrica é uma lesão no canal vaginal causada, na maioria dos casos, por partos prolongados e sem assistência médica adequada. A condição provoca incontinência urinária ou fecal, levando muitas vezes ao isolamento social e a profundos transtornos psicológicos.
Em Angola, estima-se que mais de 10 mil mulheres sofram com a doença, muitas delas abandonadas por familiares ou parceiros devido ao estigma associado à condição. No entanto, a cirurgia reconstrutiva pode reverter o quadro, permitindo que as pacientes retomem uma vida normal.
Fonte: RNA