Nos últimos sete dias, a província da Huíla registrou 5.950 casos de malária, um dos números mais alarmantes dos últimos meses, considerado período de pico da doença devido à intensidade das chuvas. De acordo com o diretor do Gabinete Provincial da Saúde, Paulo Luvangamo, foram feitos um total de 7 mil registros, mas cerca de 15% desses casos podem ser duplicados, devido à fraca capacidade de diagnóstico em algumas unidades de saúde periféricas.
O diretor do Gabinete Provincial da Saúde, explicou que, durante os meses de pico da malária em fevereiro, março e abril, a Huíla tem registrado entre 4 a 5 mil casos por semana. No entanto, o problema dos registros duplicados persiste, uma vez que o processo ainda é feito manualmente em livros. Isso significa que um paciente diagnosticado com malária em um centro de saúde, transferido para um hospital municipal e, posteriormente, para um hospital provincial, pode ser registrado várias vezes, gerando distorções nos números reais.
Para enfrentar esse desafio, o diretor destacou a necessidade de instalar laboratórios com capacidade de diagnóstico preciso e disponibilizar Testes de Diagnóstico Rápido (TDR) em todas as unidades de saúde. Apesar do aumento significativo de casos, o diretor ressaltou que medidas de prevenção estão sendo intensificadas em todos os municípios da província. Desde dezembro de 2024, ações como pulverização e tratamento de criadouros do mosquito transmissor da malária têm sido realizadas, graças aos recursos disponibilizados para apoiar a prevenção da doença.
A malária continua a ser um dos maiores desafios de saúde pública na Huíla e em outras regiões de Angola, especialmente durante a estação chuvosa.