5 de Agosto, 2025

Neurocientista português oficializa as Neurociências como disciplina científica reconhecida na Bolívia e estrutura um novo eixo cognitivo no país

A Bolívia acaba de alcançar um marco histórico no desenvolvimento das ciências cognitivas. Após um processo rigoroso de validação académica e institucional, e em colaboração com a Universidad Privada Franz Tamayo (UNIFRANZ), sob a coordenação do Dr. James Yhon Robles, o neurocientista português Dr. Fabiano de Abreu Agrela concluiu a homologação oficial das Neurociências como campo científico autónomo no país.

Este reconhecimento implica que as Neurociências passam a integrar formalmente a estrutura académica nacional, com impacto directo nas políticas públicas de saúde mental, educação e desenvolvimento humano. Pela primeira vez, o país reconhece as Neurociências não como subcampo, mas como disciplina independente, com validade científica e institucional própria.

Mais do que uma conquista técnico-administrativa, trata-se da fundação de um novo eixo cognitivo nacional: a Bolívia agora possui uma Política Neurocientífica reconhecida, o que representa um salto qualitativo para o continente sul-americano no que respeita à organização e regulação do saber neurocientífico.

Além da validação formal, o projecto inclui a criação da Sociedade Científica de Neurociência da Bolívia, entidade que congregará especialistas, académicos e profissionais de áreas afins, promovendo o avanço científico e o intercâmbio internacional.

O Dr. Fabiano, português, com pós-doutoramento em Neurociências e reconhecimento internacional nas áreas de neurobiologia, genética do comportamento e cognição, desempenhou um papel decisivo neste processo, ao lado de investigadores locais e das autoridades académicas bolivianas.

Com este enquadramento, a Bolívia define também os critérios para o reconhecimento oficial do título de neurocientista: apenas poderão ser considerados como tal os profissionais com mestrado e/ou doutoramento em Neurociências, oriundos de formações como psicologia, biologia, biomedicina, educação física ou medicina, conforme os padrões regulatórios estabelecidos. Este modelo assegura a competência técnico-científica dos profissionais e protege a integridade da prática neurocientífica.

A experiência boliviana poderá servir de exemplo para outros países lusófonos, demonstrando que é possível unir rigor académico, visão estratégica e políticas públicas em prol da ciência. Portugal, que já reconhece as Neurociências como área de investigação e formação avançada, possui estruturas sólidas, mas ainda carece de um modelo legal específico que regule, com igual clareza, o exercício da atividade profissional como neurocientista no domínio público.

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