Os olhos são órgãos vitais que, além de afectar a capacidade de realizar tarefas diárias, como ler, trabalhar e interagir com o ambiente, permitem apreciar a beleza do mundo ao nosso redor.
Logo, protegê-los e procurar as melhores soluções optométricas e oftalmológicas, em caso de enfermidades ou qualquer outra complicação em detrimento de tratamento caseiro, é um assunto muito sério.
Há uma epidemia relacionada com tipos de conjuntivite, ligeira a grave, que está a afectar muitas pessoas, um pouco por todo o país.
Diz-se que, por exemplo, em Mbanza Kongo, as autoridades sanitárias estão preocupadas com informações que apontam para o facto de, ao mesmo tempo que aumentam os casos, menos as pessoas tendem a recorrer às unidades sanitárias, optando pelo tratamento tradicional.
Há, ainda, no Zaire, segundo relatos de populares ouvidos pela reportagem do Jornal de Angola, iniciativas desaconselháveis, para tratar da conjuntivite, que envolvem o uso de urina, de folhas de gajajeira, entre outras matérias.
Apesar de as autoridades, repetidas vezes, instarem as famílias e pessoas a recorrerem às unidades hospitalares e centros de saúde para tratar da conjuntivite e outras enfermidades, persiste o recurso aos métodos tradicionais em que a dose e eficácia são, sempre, questionáveis.
Com esta posição não se pretende minimizar, nem relegar para uma eventual insignificância, o papel da Medicina Tradicional, na medida em que devemos reconhecer o papel e relevância da Câmara Profissional dos Terapeutas de Medicina Tradicional, Natural, Alternativa e Não Convencional de Angola, instituição reconhecida pelas autoridades competentes e que faz um trabalho digno de realce.
O que pretendemos enfatizar, na senda do desaconselhamento que as autoridades sanitárias e especialistas fazem, é exortar à consciencialização e desapego aos tratamentos caseiros, quase sempre desprovidos do conhecimento, da metodologia e dose inerentes ao tratamento que se pretende. Muitas vezes, a opção pelo tratamento caseiro passa de boca em boca, obedecendo à experiência pessoal ou familiar, que acaba por servir como receita a seguir por quem nem sempre tenha o mesmo histórico clínico.
Relativamente à conjuntivite, enfermidade que grassa pelo país como espécie de flagelo, fica o apelo segundo o qual com os olhos não se deve brincar, sob pena de ocorrerem lesões graves e irreversíveis.
Fonte: JA