O Instituto Nacional de Sangue (INS) precisa, em média diária, de 80 dadores regulares para dar resposta aos pedidos dos estabelecimentos hospitalares, revelou, quarta-feira, em Luanda, a directora da instituição.
Deodete Machado disse que os dadores devem ser benévolos, altruístas e não esperar por remuneração para doar sangue pelo menos duas vezes por ano.
A directora do INS, que considerou positivos os resultados da campanha de doação de sangue promovida pela Fundação Sagrada Esperança e pelo Conselho Provincial da Juventude, durante o final de semana, explicou que o país necessita de 300 mil dadores que doem com regularidade, pelo menos duas vezes ao ano.
Deu a conhecer que, durante o período de chuva, o número de solicitações de sangue nas unidades hospitalares aumenta, devido aos casos frequentes de malária nas comunidades.
No ano passado, disse a médica, o INS registou 172.368 mil dadores, sendo 152.988 familiares e 19.380 voluntários.
Em relação às unidades hospitalares que mais solicitam sangue devido às grandes, pequenas cirurgias e outras situações médicas, indicou o Hospital Pediátrico David Bernardino, o Instituto Nacional de Luta contra o Cancro, serviços de hemodiálise e de cirurgia cardíaca.
Deodete Machado acrescentou que, em épocas de chuva, os hospitais municipais de Cacuaco, Kapalanga e o Centro de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEEP) têm solicitado, constantemente, fornecimento de sangue.
Em 2022, esclareceu Deodete Machado, o INS teve cerca de 172.368 dadores de sangue, que correspondem a 88 por cento da doação familiar.
Segundo a médica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os países tenham 100 por cento de doação voluntária.
O INS, assegurou, tem em todo o país centros provinciais, em hospitais, que realizam várias actividades, como promoção de campanhas de doação de sangue, disponibilização de componentes sanguíneos, implementação das normas, directrizes e metodologias nacionais e internacionais.
No final de semana, informou, houve o registo de 26 candidatos a dadores voluntários de sangue, 16 dos quais aptos, tendo sido realizadas três colheitas. Houve, também, o registo da desistência de 16 dadores.
Doação de sangue
A doação de sangue deve ser uma constante para a resolução de situações médicas brandas e as mais complexas, segundo a directora do Instituto Nacional de Sangue.
A médica Deodete Machado fez saber que com a proximidade da quadra festiva, incluindo as chuvas, os Bancos de Urgência ficam cheios de pacientes com necessidades de transfusão.
A directora explicou que um cidadão submetido a uma cirurgia cardíaca precisa, em média, de sangue doado por 20 dadores.
“Temos cada vez mais parceiros, mas os números são ainda insuficientes para atender a demanda. Gostaríamos que todas as pessoas que têm doado continuassem a doar”.
Fonte: JA