O Instituto Nacional de Sangue (INS) está com um stock que prevê atender as solicitações de unidades hospitalares durante uma semana. A informação foi prestada, segunda-feira, em Luanda, pela directora da referida instituição.
Em entrevista à Rádio Nacional de Angola (RNA), Deodete Machado disse que a procura de sangue nas hemoterapias se deve ao aumento das transfusões causadas por complicações da malária e anemia.
A directora do INS explicou que outra grande causa das transfusões é a sinistralidade rodoviária, que, a nível do país, constitui uma das principais causas de morte.
“Todo o sangue que recebemos dos dadores enviamos às unidades hospitalares quando nos solicitam. Nós não podemos parar de doar, solicitamos cada vez mais dadores”, sublinhou a directora do INS.
Angola, acrescentou, possui 83 por cento de doadores familiares e 17 por cento de doadores voluntários, uma realidade contrária à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta a doação voluntária como a mais segura.
Deodete Machado deu a conhecer que o INS continua a trabalhar com os dadores familiares, por esta ser a única forma de ter sempre sangue em stock.
Segundo a directora do INS, a instituição envida esforços para que haja sempre reposição de sangue. “Há grandes avanços nesse quesito, porque as unidades conseguem, de alguma maneira, fazer o seu trabalho, como as cirurgias e os partos de forma segura”.
Na visão de Deodete Machado, é preciso fazer muito mais. “O sangue deve ser doado continuamente, porque, conforme as colheitas são feitas vão sendo enviadas às unidades sanitárias”.
Deodete Machado considera urgente a tomada de consciência por parte da população no que toca à doação voluntária de sangue, porque são estes dadores que ajudam a garantir o stok.
Fonte: JA