Pelo menos 50 profissionais angolanos do 3.º ano do Programa Geral de Saúde da Família concluíram, sexta-feira, o estágio de imersão na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, no Brasil.
Um comunicado de imprensa enviado neste sábado ao Jornal de Angola refere que a acção está inserida no Projecto de Formação de Recursos Humanos para a Cobertura Universal de Saúde (PFRHS), coordenado pelo Ministério da Saúde de Angola e financiado pelo Banco Mundial. A formação teve como foco a medicina geral e familiar, uma especialidade fundamental para a promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico precoce e reabilitação.
Esta abordagem alinha-se aos objectivos do PFRHS, que prevê a formação de 38 mil profissionais de saúde até 2028. Até ao momento, mais de 9.900 profissionais já foram capacitados, dos quais 57 por cento são mulheres, demonstrando o compromisso do Governo com a equidade de género.

A delegação angolana foi liderada pelo neurologista e gestor técnico do PFRHS, Job Monteiro, acompanhado pelo neurocirurgião e especialista em formação Djamel Kitumba. A presença da equipa reforça a importância da cooperação estratégica entre Angola e o Brasil na formação de quadros para o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde.
Durante três meses, os profissionais estiveram integrados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Campinas, onde participaram activamente nas práticas do modelo brasileiro de Atenção Primária à Saúde, com ênfase na Estratégia de Saúde da Família.
Na ocasião, Job Monteiro assegurou que “a realidade dos formandos não será mais a mesma, após esta experiência de formação”.
Por: JA