A assistência medicamentosa aos pacientes com Tuberculose no Sanatório do Lubango está, desde Janeiro último, condicionada, o que forçou a unidade implementar uma “gestão de evidência”, face à ruptura, priorizando apenas a aquisição local de anti-bacilares.
A informação foi avançada hoje, sábado, à ANGOP, pelo director-geral do Sanatório, Lourenço Kotele, tendo realçado que o doente com Tuberculose não pode abandonar o tratamento, sob pena de desenvolver um quadro de multidrogas resistente, pelo que a falta de medicamentos é uma situação “grave”.
Destacou que por este motivo, a instituição reinventou-se com a criação de uma gestão de evidência, onde na verba que recebe, dá primazia a compra de antis bacilares para mil doentes, mantendo uma assistência mínima.
Salientou que apesar de ter adoptado essa medida, ainda precisa de mais fármacos, anteriormente recebia da Saúde Pública, através do Programa da Luta contra à Tuberculose, mas desde Setembro de 2023 que provimento cessou, por razões que desconhece.
Referiu que uma das saída para acudir os doentes, foi a criação desse projecto, que apesar de oneroso, pois os custos dos anti-bacilares são altos, mas tem sido possível continuar a assistir os doentes.
Entretanto, o director do gabinete provincial da Saúde, Paulo Luvangamo, realçou que situação de défice de medicamentos para a tuberculose está a ser vivida em todo país.
Contudo, assinalou que a “boa nova” é que neste momento o gabinete tem uma viatura em Luanda que está a ser abastecida de medicamentos e nos próximos dias o quadro melhorará.
Fonte: Angop