Edit Content
Recém-nascido com tumor gigante operado no Hospital do Lubango
AngolaAssistência Médica

Um recém-nascido de 30 dias, a quem foi diagnosticado uma encefalocele occipital gigante e complexa, de 56 centímetros de diâmetro, foi operado no hospital central Dr. António Agostinho Neto, no Lubango, província da Huíla e passa bem.

Trata-se de uma criança proveniente da província do Namibe, que deu entrada no banco de urgência daquela unidade hospitalar, cinco dias após ao seu nascimento, isto é,  em Setembro último.

A criança passou a ser acompanhada por uma equipa de quatro especialistas, segundo deu a conhecer hoje, terça-feira, à ANGOP, nesta cidade, o médico neuro-cirurgião que a integrou, Emmanuel Silva.

A fonte afirmou que foi uma cirurgia “bastante delicada”, tendo em conta o tamanho da encefalocele, associada à idade da criança, que obrigava a um procedimento de risco “muito alto”, pelo que a mãe e o pequeno tiveram de ficar internados por 25 dias, após a cirurgia, para melhor acompanhamento.

“Após isso seguiu-se os procedimentos de forma segura e conseguiu-se fechar o defeito que ele tinha no crânio, de forma hermética e segura. O paciente hoje já tem dois meses, tem acedido às consultas de forma regular e está a recuperar de forma satisfatória”, disse.

Acrescentou que este procedimento foi planificado e realizado ao mínimo detalhe pela equipa de neurocirurgia, para evitar perdas herméticas, ou seja, o objectivo final foi alcançado com o fechamento e reparação do defeito no crânio.

Lembrou que tem sido um tipo de cirurgia bastante delicada a bebés pequenos, pois são submetidos à anestesia e neurocirurgia que precisa observação, corte e electro de coagulação, mediante ventilação mecânica.

Assinalou ainda que desde a entrada em funcionamento do serviço de neurocirurgia, em 2020, o bloco operatório tem feito cirurgias completas a tumores cerebrais e medulares,  além de má formações congénitas, a hidrocefalias, tidas como patologias que abundam nesta província.

Sublinhou que, por dia, são operados dois a três casos de urgências electivas complexas, de um universo de 800 cirurgias em dois anos.

Fonte: Angop

Deixa o seu comentário