A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) assinaram, esta quarta-feira, em Luanda, um Memorando de Entendimento que marca o lançamento formal de uma iniciativa conjunta de apoio ao Governo angolano na resposta de emergência ao surto de cólera.
A iniciativa conta com um financiamento de um milhão de euros (pouco mais de 1 bilhão de kwanzas) disponibilizado pela União Europeia (UE) e tem como objetivo reduzir em 75% a mortalidade relacionada com a cólera nas províncias mais afectadas, nos próximos quatro meses.
Nomeada como “Travar a Propagação: Acelerar as Intervenções contra a Cólera que Salvam Vidas em Angola”, o projeto prevê alcançar mais de 500 mil pessoas em todo o país, com foco especial em crianças, idosos e pessoas com deficiência.
As ações de emergência incluem:
- Estabelecimento de pontos de reidratação oral e centros de tratamento da cólera;
- Formação de profissionais de saúde e voluntários comunitários;
- Expansão do processo de cloração da água e promoção da higiene nas zonas afectadas;
- Reforço da vigilância epidemiológica e da capacidade de diagnóstico;
- Implementação de uma campanha de vacinação reativa contra a cólera;
- Envolvimento comunitário através de diálogos sobre comportamentos de proteção e distribuição de kits de prevenção às famílias.
De acordo com a nota divulgada pela OMS, esta parceria representa um marco importante na resposta à actual crise sanitária no país, alinhando esforços entre instituições internacionais e autoridades angolanas para salvar vidas e travar a propagação da doença.
Desde o início do surto, Angola registrou um total de 21.744 casos de cólera e 653 mortes em decorrência da doença.