Cientistas desenvolveram um teste de ADN (ácido desoxirribonucleico) capaz de identificar 18 tipos de cancro nas fases iniciais.
Trata-se de um teste capaz de analisar as proteínas do sangue e pode representar uma “mudança de paradigma” na medicina, afirmam os investigadores, citados no The Guardian.
De acordo com uma equipa de cientistas da Novelna, empresa de biotecnologia americana, o teste mostrou-se mais eficaz do que “outros que dependem do ADN do tumor no sangue e tinha uma sensibilidade muito maior”.
Mais especificamente, ao analisar as proteínas do plasma sanguíneo, os especialistas conseguiram diferenciar as amostras de cancro das normais e até distinguir entre diferentes tipos de cancro “com elevada precisão”, afirmam na BMJ Oncology. Para além disso, a investigação encontrou algumas provas de que os sinais das proteínas do cancro podem ser específicos do sexo, acrescentam.
Para testar a eficácia do teste, os investigadores analisaram amostras de plasma sanguíneo recolhidas de 440 pessoas diagnosticadas com 18 tipos diferentes de cancro e de 44 dadores de sangue saudáveis.
Graças a isto, “no estádio I (o estádio mais precoce do cancro) e com uma especificidade de 99%, os painéis foram capazes de identificar 93% dos cancros nos homens e 84% dos cancros nas mulheres”.
Explicam ainda que “os painéis de localização específicos por sexo consistiam em 150 proteínas” e, além disso, “foram capazes de identificar o tecido de origem da maioria dos cancros em mais de 80% dos casos”.
Por último, afirmam que o teste poderia ajudar a “reformular as diretrizes de rastreio” e a criar uma alternativa “altamente precisa e económica”, capaz de “ser implementada à escala da população”.
Mesmo assim, a equipa afirmou que o tamanho relativamente pequeno da amostra significava que são necessários mais estudos em grupos maiores de pessoas.
Fonte: Notícia ao minuto
9 de Outubro, 2024
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