O TDAH tem se tornado cada vez mais presente atualmente, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA, os casos de TDAH podem chegar a 8% da população mundial. Mas apesar de ser mais comum em crianças, cada vez mais adultos têm sido diagnosticados com a condição, o que, de acordo com o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, não indica necessariamente que ele pode ser desenvolvido ao longo da vida.
“As evidências de que o TDAH pode ser desenvolvido na fase adulta são muito escassas, todas reforçam que a condição surge desde a infância, mas existem outros fatores que podem levar ao diagnóstico na idade adulta, como, por exemplo, sintomas similares causados por outras razões“, explica.
Diagnósticos imprecisos
De acordo com um novo modelo científico produzido pelo Dr. Flávio H. Nascimento em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o uso de redes sociais pode ser o principal fator para gerar sintomas similares ao TDAH na fase adulta e desencadear diagnósticos imprecisos.
“Já é amplamente comprovado que há efeitos negativos no uso prolongado e excessivo de redes sociais no dia a dia, efeitos esses que podem ser muito similares ao TDAH, como hiperatividade, falta de foco, principalmente em atividades multitarefas, afetando também o funcionamento cognitivo, dificuldades em usar a inteligência emocional e desregulando a liberação de neurotransmissores“.
“Esse tipo de efeito pode ser confundido com TDAH, gerando diagnósticos equivocados, uma vez que o uso de redes sociais também afeta o desenvolvimento cognitivo e cerebral quando usadas durante a infância e adolescência, afetando a linguagem, escrita e gerando problemas comportamentais“, ressalta Dr. Flávio H. Nascimento.
“Cada vez mais a barreira entre o normal e o patológico tem ficado menor, por isso, é preciso se ater à técnica de diagnóstico para ter uma maior precisão nesse tipo de diagnóstico e tratar a real causa do problema“, alerta.
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Sobre Dr. Flávio H. Nascimento
Dr. Flávio Henrique é formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.