Um estudo recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a relação direta entre o consumo de bebidas alcoólicas e o aumento do risco de cancro do pâncreas, um dos tipos de cancro mais agressivos e de difícil tratamento. A pesquisa, que analisou dados de mais de dois milhões de pessoas na Ásia, Europa, Austrália e América do Norte, revela que até o consumo moderado de álcool pode elevar significativamente as chances de desenvolver a doença.
O estudo, intitulado “Ingestão de álcool e risco de câncer de pâncreas: uma análise de 30 estudos prospectivos”, mostrou diferenças nos riscos conforme o tipo de bebida:
- Cerveja: Aumenta o risco em 2% a cada 10 gramas de álcool consumidos por dia (menos de uma lata).
- Bebidas destiladas (espirituosas): Elevam o risco em 4% para a mesma quantidade.
- Vinho: Não apresentou relação significativa com o cancro pancreático, mas especialistas reforçam a importância da moderação.
Os riscos aumentam conforme a quantidade consumida diariamente:
- Mulheres que bebem 15–30 g/dia (1–2 doses): 12% mais risco.
- Homens que consomem 30–60 g/dia (2–4 doses): 15% mais risco.
- Homens com ingestão acima de 60 g/dia (mais de 4 doses): 36% mais risco.
O pâncreas é um órgão vital que produz enzimas digestivas e hormônios reguladores do açúcar no sangue. O cancro pancreático é particularmente letal devido à sua dificuldade de detecção precoce e resistência a tratamentos.
A OMS reforça que nenhum nível de consumo de álcool é completamente seguro em relação ao cancro do pâncreas, especialmente cervejas e destilados. Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas pode ser uma medida crucial para diminuir os riscos à saúde.