Angola reduziu a taxa de mortalidade por Malária de 12 mil para 9 mil casos, entre 2022 e 2023, apesar do elevado número de casos registados no mesmo período, informou, esta segunda-feira, a ministra da Saúde, Sílvia Lucutuca, no fim da II Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Luta Contra o VHI/Sida e Grandes Endemias, orientada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, coordenadora do órgão.
Em declarações à imprensa, numa das salas dos Órgãos de Apoio à Vice-Presidente da República, Sílvia Lutucuta frisou que os desafios continuam em relação ao controlo vectorial, e que estão a ser reforçadas as acções de mobilização de recursos financeiros e a formação contínua dos quadros do sector.
Em relação à resistência dos mosquitos ao processo de fumigação, a ministra frisou que, neste momento, está em curso um estudo para avaliar a resistência do mosquito aos produtos e também aos fármacos.
“Portanto, há alguns medicamentos que estão a ser descontinuados no nosso seio, como o quinino, por exemplo. Mas está em curso um estudo, liderado pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde, e em breve teremos resultados sobre o assunto”, disse.
Sobre a distribuição de mosquiteiros, a ministra explicou que, além das seis províncias que têm o apoio do PMI, e três do Fundo Global, o Estado também tem feito aquisição de mosquiteiros para as campanhas e rotinas, e que apesar de no ano passado terem sido colocados alguns desafios em relação à aquisição, está programado um reforço com recursos próprios do Estado.
Questionada sobre a aquisição da vacina contra a Malária, Sílvia Lutucuta informou que o país está agora na fase de mobilização de recursos financeiros para poder alinhar neste processo.
“Como devem compreender, a Malária é um grande problema de saúde pública na nossa região, no continente africano, África subsariana, e a corrida para as vacinas é muito grande. Mas, nós vamos continuar a lutar para também conseguirmos as vacinas, que serão apenas para crianças menores de 4 anos, que é a faixa etária mais afectada pela doença”, esclareceu, dizendo que tudo está a ser feito para que seja ainda este ano.
Fonte: JA