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Mais de mil novos casos de cancro da próstata são registados anualmente em Angola
AngolaNotíciaPatologia

Mais de mil novos casos de cancro da próstata são diagnosticados em Angola anualmente, a maioria em estado avançado e com sintomas graves, alertou a Ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta. A responsável salientou a importância do rastreio precoce através do exame do PSA (análise ao sangue) e do toque rectal, mesmo reconhecendo os tabus que envolvem este último.

As estatísticas angolanas, apesar de proporcionais à população, indicam que a deteção da doença ocorre em fases mais tardias, “só quando têm os sintomas é que as pessoas procuram as unidades sanitárias”, lamentou a Ministra, realçando que nesta altura o cancro já se pode ter espalhado para outras partes do corpo, dificultando a sua remoção.

Apesar das infraestruturas existentes, falta ainda a instalação dos equipamentos necessários para o rastreio do cancro da próstata. A Ministra assegurou que estão a ser feitos investimentos em tecnologia e formação no sector da saúde, com vista à implementação de técnicas cirúrgicas não invasivas, como a rectoscopia.

“A intenção é avançar para a cirurgia robótica, que oferece maior precisão, menor tempo de internamento, melhores resultados e menos complicações a médio e longo prazo, além de evitar disfunção erétil e incontinência”, explicou Sílvia Lutukuta.

Cirurgia Robótica: Vantagens para o Paciente

O palestrante do Centro de Urologia Global Robótica do Instituto Orlando, Kenneth Palmer, reforçou as vantagens da cirurgia robótica para o paciente, destacando o regresso mais rápido à vida normal e os custos reduzidos quando comparados à cirurgia convencional.

“Esta ferramenta tecnológica facilita a localização do cancro da próstata, rins e outros tumores”, afirmou, sublinhando o compromisso do Instituto Orlando em colaborar com Angola na formação de especialistas em cirurgia robótica.

O Workshop sobre Cirurgia Cardíaca, realizado no Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, contou com a participação de especialistas angolanos e americanos, visando a troca de experiências e o aprimoramento das técnicas cirúrgicas em Angola.

Foco Saúde//

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