Nesta segunda-feira, 16 de setembro, o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou que o país recebeu a certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a produção de medicamentos diversos. A declaração foi feita durante uma visita à Fábrica de Medicamentos localizada na província de Maputo, consolidando um marco histórico para o sector da saúde em Moçambique.

Com essa certificação, Moçambique está autorizado a produzir medicamentos tanto para consumo interno quanto para exportação, expandindo sua capacidade de atender à demanda nacional e internacional. “Este anúncio serve para desmentir aqueles que sempre duvidaram que Moçambique tem uma fábrica de medicamentos”, afirmou Nyusi. O mesmo explicou que o governo havia suspendido a divulgação da fábrica de forma discreta até agora devido à necessidade de aprimorar diversos aspectos antes de obter a certificação.

A fábrica da Matola, que opera desde 2015, aguardava a certificação da OMS para poder comercializar os seus produtos fora do país. Desde 2017, as equipes de inspeção da organização realizaram visitas frequentes ao local para avaliar a conformidade com os padrões internacionais.

Nos últimos tempos, a fábrica começou a produzir medicamentos injetáveis ​​e vacinas, informou o presidente, acrescentando que “já está a produzir para nós, mas também pronto para produzir para o mundo”. A unidade emprega atualmente 200 pessoas e é a maior instalação desse tipo na região Austral da África, excetuando a África do Sul.

O presidente destacou o potencial de crescimento da fábrica, que já possui uma linha de produção com 83 tipos de medicamentos, embora atualmente produz cerca de 50. “Temos capacidade para crescer”, afirmou, ressaltando que a fábrica agora está focada na produção de vacinas e medicamentos injetáveis.

Essa iniciativa não só fortalece a capacidade do país em atender à sua população, mas também abre portas para a participação de Moçambique no comércio internacional de medicamentos, aumentando a sua relevância no cenário regional.