O artigo científico “Como a tecnologia pode prejudicar as crianças e jovens”, dirigido pelo pós-PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, e conduzido no CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito em conjunto com o Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, levanta questões cruciais sobre o impacto da internet no desenvolvimento cognitivo, especialmente entre as gerações mais jovens.

A pesquisa de Agrela explora a relação entre o uso da internet e a queda nos escores de QI observada em estudos recentes. O neurocientista argumenta que o consumo rápido e superficial de informações online, característico da navegação na internet, pode prejudicar a capacidade de concentração, a profundidade da leitura e, consequentemente, a construção de conhecimento sólido.

Além disso, o estudo destaca o impacto da internet na memória. A facilidade de acesso à informação pode levar a uma menor utilização da memória de longo prazo, fundamental para o pensamento crítico e a resolução de problemas. A dependência da internet como repositório de informações pode limitar o desenvolvimento das estruturas de conhecimento essenciais para o aprendizado profundo.

Outro ponto abordado por Agrela é o impacto da internet nas relações interpessoais. A interação online, embora facilite a comunicação, pode substituir as interações presenciais, cruciais para o desenvolvimento da empatia e das habilidades sociais. A falta de contato humano genuíno pode levar ao isolamento social e a dificuldades na construção de relacionamentos saudáveis.

O Dr. Fabiano enfatiza que a tecnologia em si não é o problema, mas sim o seu uso excessivo e inadequado. A chave para mitigar os efeitos negativos da internet reside em utilizá-la de forma consciente e equilibrada, incentivando o desenvolvimento de habilidades como o pensamento crítico, a leitura profunda e a interação social presencial.

O estudo conduzido por Agrela serve como um alerta sobre os desafios impostos pela internet ao desenvolvimento cognitivo e social, especialmente entre crianças e jovens. O artigo convida pais, educadores e a sociedade em geral a refletirem sobre o uso da tecnologia e a promoverem um equilíbrio saudável entre o mundo online e o offline, garantindo que as futuras gerações possam usufruir dos benefícios da internet sem comprometer seu desenvolvimento integral.

(link do estudo: https://doi.org/10.22533/at.ed.5852224039)