A pigmentação (ou coloração) do cabelo e pele são determinadas pela taxa de melanina produzida e regulada pelos melanócitos. O vitiligo é a doença caracterizada pela perda progressiva dos melanócitos em que, apesar de ter causa desconhecida, seus portadores são relacionados frequentemente a doenças autoimunes como tireoidites, alopecia e diabetes.
Cerca de 2% da população mundial é portadora desta doença e a maioria dos casos são procedentes de África, Oriente Médio e América Latina. Além disto, o sexo feminino é mais acometido do que o masculino.
O diagnóstico se inicia pelo exame físico caracterizado pela existência de áreas despigmentadas que, geralmente, são bem delimitadas e simétricas, em um ou dois locais (vitiligo focal), em diferentes seguimentos do corpo (vitiligo segmentar) ou, raramente, em quase toda superfície corporal (vitiligo universal).
Todavia, é importante frisar que, apesar de não ter cura, o tratamento para vitiligo é de manutenção e cosméticos que preservam o paciente e retardam a progressão da doença. Apesar disso, os profissionais de saúde devem estar cientes das sensibilidades individuais e étnicas das pessoas assim como o estado psicossomático devido a mudança dos seus hábitos, perceção de autoestima e estigmas sociais.
Apesar de pouco comentada, além de iniciativas educativas de domínio governamental, há várias iniciativas de cunho civil como a “Associação Vitiligo” que procura diminuir o estigma, prezar pela informação e conscientização desta condição entre os angolanos.
O melhor método de cuidado, para todos nós e os que amamos, ainda é a prevenção.
Artigo de Óscar Paulo.
Óscar Paulo JR, graduando de Medicina e monitor de Habilidades Clínicas na SLMANDIC – Faculdade São Leopoldo Mandic.
Presidente da Liga de Medicina Intensiva da SLM – Campinas (Dez. 2021 – Jan. 2023)
Tesoureiro da Liga de Cardiologia da SLM – Campinas (Jan 2021 – Jan 2023).
Voluntário e diretor do GEPE da Change 1’s Life AO (2020-2021).